Raí
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Raí Souza Vieira de Oliveira | |
Data de nasc. | 15 de maio de 1965 (46 anos) | |
Local de nasc. | Ribeirão Preto (SP), Brasil | |
Altura | 1,89 m[1] | |
Informações profissionais | ||
Posição | Meio-campista | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1984–1987 1986 1987–1993 1993–1998 1998–2000 |
Botafogo-SP Ponte Preta São Paulo Paris Saint-Germain São Paulo |
38 (10) 28 (10) 393 (124) 145 (51) 24 (3) |
Seleção nacional | ||
1987–1998 | Brasil | 51 (17) |
Índice[esconder] |
[editar] Carreira
[editar] O início
Meio-campista, é irmão do também ex-jogador Sócrates. Como o pai de Raí era fã dos filósofos gregos, deu a seus três filhos mais velhos os nomes de Sócrates, Sófocles e Sóstenes. Seu Raimundo queria que Raí se chamasse Xenofonte, mas sua mulher, Dona Guiomar, conseguiu dissuadi-lo da ideia.[2] Iniciou sua carreira no Botafogo Futebol Clube, clube de sua cidade natal, aos 15 anos.[3] Passou pela Ponte Preta por empréstimo durante o Campeonato Brasileiro de 1986 e no ano seguinte voltou durante o Campeonato Paulista, ao Botafogo. Foi convocado para a Seleção Brasileira e disputou a Copa América daquele ano.[4] Chegou a ser cobiçado pelo Corinthians,[5] mas foi contratado pelo São Paulo Futebol Clube ainda em 1987, para o Campeonato Brasileiro.[editar] São Paulo
Sua estreia foi apenas na última rodada do primeiro turno, em 18 de outubro, na derrota por 1 a 0 para o Grêmio,[6] por causa de uma contusão na coxa direita que o deixara três meses fora dos gramados.[7] O seu primeiro gol pelo clube viria no terceiro jogo, na vitória por 2 a 0 sobre o Goiás.[8]Em 1989 foi campeão como jogador profissional pela primeira vez ao conquistar o Campeonato Paulista de 1989.
Antes da chegada de Telê Santana, em outubro de 1990, o jogador tinha marcado apenas 26 gols em mais de três anos. Porém depois que o técnico Telê Santana passou a comandar o time o jogador marcou muitos gols: foram 28 em 1991, sendo 20 feitos no Campeonato Paulista de 1991, quando conquistou a artilharia do Paulistão.[9][10]
Foi o capitão do time no Campeonato Brasileiro de 1991 e ajudou o São Paulo a conquistar seu terceiro título, em cima do Bragantino de Carlos Alberto Parreira. Nessa campanha, Raí foi o artilheiro do time, com sete gols[11], fato que se repetiria no Brasileirão seguinte, no título do bicampeonato consecutivo da Libertadores, em 1993, e nos Campeonatos Paulistas de 1992 e 1993.[12]
Como campeão brasileiro, conquistou a Libertadores de 1992 contra o Newell's Old Boys, da Argentina. Foi decisivo ao marcar o gol que levou a final à decisão por pênaltis. Acertou a sua cobrança na disputa e, com a vitória tricolor, como capitão do time levantou o troféu diante de 120 mil torcedores no Estádio do Morumbi.[13][14][15]
Na disputa do Mundial Interclubes de 1992, no Japão, Raí marcou dois gols — sendo o primeiro com a barriga e o segundo em uma cobrança de falta[11] — e o São Paulo venceu o jogo contra o Barcelona, conquistando o título. Raí foi eleito o melhor jogador do mundial.
Na volta ao Brasil, o São Paulo ainda venceu a final do Paulistão, batendo o Palmeiras por 2 a 1. Nesse campeonato, Raí chegou a marcar cinco gols em um mesmo jogo, na vitória por 6 a 0 sobre o Noroeste, de Bauru, em 15 de outubro.[8]
No começo de 1993 foi vendido ao Paris Saint-Germain, da França, por 4,6 milhões de dólares,[16] mas ficou no Brasil até o meio do ano e conquistou ainda a Libertadores de 1993, marcando um gol de peito no primeiro jogo da final e novamente levantando o troféu. No Paulista, o time ficou em terceiro lugar, e a despedida do meia foi em uma vitória por 6 a 1 sobre o Santos, em 3 de junho.
[editar] Paris Saint-Germain
É um dos principais ídolos do clube[17]. Na sua primeira temporada, quando o PSG ganhou o Campeonato Francês de 1993-94,[18] foi substituído na maioria de seus jogos e chegou até a frequentar o banco de reservas.[19] No entanto, seria um dos principais jogadores do time na conquista dos títulos da Recopa Europeia de 1996 (finalista em 1997), do Campeonato Francês de 1995-96, da Copa da França de 1994-95 e de 1997-98, da Coupe de la Ligue de 1994-95 e 1997-98.[20].[21][editar] Retorno ao São Paulo
Raí ainda voltou ao São Paulo em 1998, e sua reestreia foi contra o Corinthians, já na final do Campeonato Paulista daquele ano: ele fez um gol de cabeça e foi campeão no mesmo dia em que desembarcou no país. Mas em um jogo contra o Cruzeiro, em 9 de agosto, pelo Campeonato Brasileiro, Raí rompeu os ligamentos no tornozelo após uma entrada de Wilson Gottardo e teve de ficar mais de um ano parado.[22]Enquanto se recuperava, separou-se da esposa Cristina, depois de quinze anos de casamento.[23] Nessa mesma época, depois de ser pai com apenas 17 anos, Raí foi avô aos 33.[24] Quando voltou, ficou na reserva durante boa parte do Campeonato Brasileiro de 1999, recuperando-se gradativamente ao longo da competição.[22]
O último gol de Raí como profissional foi em 27 de junho de 2000, diante do Palmeiras, no Palestra Itália.[25] Sua última partida antes de se retirar dos gramados foi pouco menos de um mês depois, no dia 22 de julho, em uma derrota por 3 a 1 para o Sport em João Pessoa, pela Copa dos Campeões.[26] Ele é considerado um dos jogadores mais importantes da história do clube.[9]
[editar] Seleção brasileira
Na seleção brasileira, entretanto, não teve tanto destaque como no São Paulo. Jogou 51 partidas pelo Brasil, marcando dezesseis gols, incluindo um de pênalti no jogo contra a Rússia pela primeira fase da Copa do Mundo de 1994, campeonato em que jogou com a camisa 10. Nessa Copa, foi titular nos três primeiros jogos do time, quando também era seu capitão. Além disso, entrou no segundo tempo contra Holanda, nas quartas-de-final, e Suécia, nas semifinais.[editar] Pós-aposentadoria
Raí chegou a ocupar um cargo na diretoria do tricolor, mas não ficou muito tempo.[26]Em 2005 o ex-jogador são-paulino foi um dos convidados de honra do São Paulo para acompanhar o time na disputa do Mundial de Clubes.[27][28] Ele chegou a tempo de acompanhar o jogo do tricolor na semifinal do mundial. O atraso deveu-se a um compromisso do ex-jogador com o governo francês, para discutir projetos da Fundação Gol de Letra.[29]. Para a surpresa de Raí, ele ainda reviveu a sua época de jogador ao participar do penúltimo treino (que também seria o último rachão do ano) do São Paulo antes da final do Mundial.[28]
Atualmente, dirige uma entidade filantrópica de ajuda às crianças chamada Fundação Gol de Letra, ao lado de seu ex-colega de São Paulo e Paris Saint-Germain, Leonardo. Em 2006, junto com outros atletas, criou a organização Atletas pela Cidadania, que se dedica a defender causas sociais.
[editar] Títulos
- São Paulo
- Campeonato Brasileiro: 1991
- Campeonato Paulista: 1989, 1991, 1992, 1998 e 2000
- Copa Libertadores da América: 1992 e 1993
- Mundial Interclubes: 1992
- PSG
- Campeonato Francês: 1994
- Copa da França: 1995 e 1998
- Recopa Europeia: 1996
- Supercopa da França: 1995
- Copa da Liga Francesa: 1995
- Seleção Brasileira
[editar] Prêmios individuais
- São Paulo
- Artilheiro do Campeonato Paulista de Futebol: 1991
- Meio-campista da "equipe ideal" do Brasil (O Estado de São Paulo): 1992[30]
- Melhor jogador do mundial de clubes: 1992
- Melhor jogador brasileiro (O Estado de São Paulo): 1992[30]
- Melhor jogador da América do Sul (El País): 1992
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