quarta-feira, 21 de março de 2012

Roberto Dinamite

Roberto Dinamite


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Roberto Dinamite
Roberto Dinamite
Informações pessoais
Nome completo Carlos Roberto de Oliveira
Data de nasc. 13 de Abril de 1954 (57 anos)
Local de nasc. Duque de Caxias (RJ), Brasil
Nacionalidade  Brasileiro
Altura 1,86 m
Destro
Apelido Dinamite
Informações profissionais
Número 10
Posição Atacante (aposentado)
Clubes de juventude
1969–1971 Brasil Vasco da Gama
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1971–1979
1979–1980
1980–1989
1989–1990
1991
1991–1993
Brasil Vasco da Gama
Espanha Barcelona
Brasil Vasco da Gama
Brasil Portuguesa
Brasil Campo Grande
Brasil Vasco da Gama
1110 (702)
17 (8)
16 (9)
14 (0)
Seleção nacional
1975–1984 Brasil Brasil 47 (26)
Carlos Roberto de Oliveira
"Roberto Dinamite"
Deputado Estadual do  Rio de Janeiro
Mandato 1º de janeiro de 1995
até atualidade
Vereador do Rio de Janeiro Bandeira do Município do Rio de Janeiro.png
Mandato 1993
até 1994
Vida
Nascimento 13 de abril de 1954 (57 anos)
Duque de Caxias
Partido PMDB
Profissão Futebolista
Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite (Duque de Caxias, 13 de Abril de 1954), é um ex-futebolista brasileiro, deputado estadual do Estado do Rio de Janeiro, pelo PMDB, bem como o atual presidente do Vasco da Gama.
É tido como maior Ídolo do Vasco pelos torcedores, onde jogou 21 dos seus 22 anos como profissional,[1] sendo o maior goleador da história do clube, com 702 gols, e o atleta com mais jogos disputados, 1110.[2] É também, junto com Pelé e Rogério Ceni, o único jogador do futebol brasileiro a ter mais de mil jogos por uma equipe.[3][2] Dinamite destaca-se, ainda, por ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (279 gols). Considerado pela IFFHS o quinto maior goleador do futebol mundial em campeonatos nacionais de primeira divisão, com 470 gols em 758 jogos.[4]
Como político, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e cinco vezes deputado estadual no estado homônimo.

Índice

 [esconder

[editar] Biografia

[editar] Infância e categorias de base

Carlos Roberto Dinamite de Oliveira nasceu em 13 de Abril de 1954, às 4h25 em São Bento (Duque de Caxias). Logo cedo, Roberto (que naquela época era conhecido pelo apelido de Calu) começou a mostrar intimidade com a bola. Igual a muitas crianças apaixonadas pelo futebol, chegava a dormir com ela nos braços enquanto imaginava as jogadas que faria na próxima partida de várzea.
Aos 12 anos, o pequeno Calu já era titular do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento, onde se destacava como artilheiro. Nessas peladas tinha uma característica marcante: era o mais fominha e exigia de seus companheiros que as jogadas de ataque passassem pelos seus pés. Contudo, quando recebia a bola, dificilmente a devolvia.
Apesar do individualismo - era fã de Jairzinho, autor de gols em todas as partidas durante a conquista do tricampeonato mundial no México - já demonstrava toda sua habilidade e precisão nos arremates de curta e longa distâncias. Graças a isso,no ano de 1969, foi convidado a treinar nas categorias de base do Vasco por Gradim, olheiro do clube, responsável por garimpar jovens talentos nos campos de pelada espalhados pelo subúrbio do Rio de Janeiro. Um mês depois, já estava jogando na equipe juvenil dirigida por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano no clube, já anotava mais de 46 gols.
Em um ano de clube, Roberto ganhou 15 quilos, graças a um rigoroso trabalho muscular, tornando-se um dos jovens mais promissores do clube, recebendo constantes elogios de treinadores e dirigentes. No Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 foi o artilheiro vascaíno, com 10 gols. Já no mesmo torneio, no ano seguinte, foi mais longe: foi o artilheiro da competição, com 13 gols.
Desta maneira, despertou a atenção do técnico da equipe principal, Mário Travaglini, que o relacionou para a disputa do Brasileirão de 1971. No mesmo ano, já era apontado como a mais nova esperança de gols da equipe.

[editar] Surge o Dinamite

Roberto fez sua primeira partida profissional contra o Bahia, no dia 14 de Novembro de 1971, com dezessete anos. O Bahia vencia por 1 a 0 e o treinador Admildo Chirol o colocou no lugar do meio campista Pastoril no intervalo da partida. Mas ainda não era hora do futuro ídolo. O Vasco acabou perdendo o jogo pelo placar de 1 a 0.
Mesmo com a derrota, o Vasco estava classificado para a segunda fase do torneio, onde enfrentaria Atlético Mineiro (que viria a ser o campeão da competição), o Santos de Pelé e o Internacional. Durante a semana que antecedeu o primeiro jogo, contra o Atlético, Roberto se destacou nos treinos e foi escalado como titular para a partida. No dia anterior à partida o Jornal dos Sports colocava em suas manchetes: "Vasco escala garoto-dinamite".
Diferente do que é divulgado, o apelido Dinamite não surgiu depois do jogo contra o Internacional. O apelido foi criação de dois jornalistas do Jornal dos Sports, Eliomário Valente e Aparício Pires, ambos vascaínos, e criado quando Roberto já se destacava nos juvenis.
Naquele jogo contra o Atlético Mineiro, no dia 21 de Novembro, Roberto não foi bem e acabou sendo substituído. Houve uma grande decepção na torcida vascaína, que depositava muitas esperanças nele.
O jogo seguinte ocorreu em 28 de Novembro, uma quinta-feira, contra o Inter, no Maracanã. No segundo tempo, quando o Vasco vencia por 1 a 0, Admildo Chirol tirou Gilson Nunes e colocou Roberto. Na primeira bola que recebeu Roberto driblou quatro jogadores jogando a bola no canto esquerdo, num belo gol, o seu primeiro no time profissional.
No dia seguinte o Jornal dos Sports estampava em letras garrafais a manchete: "GAROTO DINAMITE-EXPLODIU!".
Era o adeus definitivo de Calu, e o surgimento de Roberto Dinamite, que viria a ser considerado por muitos o maior ídolo da história do Vasco, imortalizando a camisa 10.

[editar] Começa a história de amor com o Vasco

A partir de então, começou sua longa história de amor com a torcida. O centroavante atuou pelo time profissional do Vasco de 1971 a 1980, quando se transferiu para o Barcelona, numa negociação que envolveu muito dinheiro. Voltou ao clube três meses depois, onde ficou até 1989, antes de ser negociado com a Portuguesa. Seis meses depois, Dinamite estava novamente no Vasco, para encerrar sua brilhante carreira, em 1993, aos 39 anos de idade.
Alto e forte, Dinamite usava com muita inteligência seu corpo e dificilmente perdia a bola para um adversário, tornando-se um grande perigo na área inimiga. Ele conseguiu a média de 36 gols por temporada nos 22 anos de carreira - disputou 1.108 partidas. Seu melhor ano foi em 1981, quando deixou por 62 vezes a sua marca, superando o recorde de Zico, o maior ídolo da torcida do rival, o Flamengo, que havia feito 45.
Suas principais características dentro de campo eram o oportunismo, a competência e a sorte. Sabia cobrar faltas como poucos, além de desenvolver, ao longo de sua carreira, a capacidade de chutar com as duas pernas.
Participou da conquista de cinco estaduais - 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992. Em 1974, conquistou o título de campeão brasileiro batendo o Cruzeiro na final por 2 a 1. Apesar de não ter marcado na decisão, Roberto Dinamite foi o artilheiro da competição com 16 gols e maior responsável pelo inédito título.

[editar] A frustração em Barcelona

Em 1980, muito assediado por clubes europeus, o Vasco não pôde evitar a transferência de seu melhor atleta para o poderoso Barcelona. O brasileiro substituiria o atacante austríaco Hans Krankl, que, por ter brigado com o treinador Ladislao Kubala, acabou dispensado.
Em sua estreia no clube catalão, Dinamite marcou dois gols.[5] Entretanto, o técnico que o contratara, Joaquín Rife, foi demitido três rodadas depois, sendo substituído por Helenio Herrera, que não lhe deu o mesmo espaço, o que não o impediu de não ser cobrado pela torcida.[5]
Sabendo da falta de sorte de Roberto na Espanha, o Flamengo o procurou, com seu presidente à época (Márcio Braga) indo pessoalmente conversar com o jogador. Num primeiro momento o Vasco, que havia sido contactado, não se interessou, só entrando na disputa pela volta de Dinamite ao Brasil após pressão da torcida.[5] Avisado para não assinar com o rival e de que Eurico Miranda também iria à Espanha conversar com ele,[5] Roberto acertou seu retorno ao Vasco apenas três meses após tê-lo deixado. A torcida lotou São Januário para saudá-lo.
A volta de Roberto ocorreu num pequeno jogo, contra o Náutico, que o próprio jura não lembrar. Mas o verdadeiro jogo que consolidou sua volta ocorreu no dia 5 de maio de 1980, num jogo Vasco x Corinthians. Antes deste jogo, teve um jogo do Flamengo. A torcida rubro-negra, então, tinha ficado no estádio, secando o Vasco, formando o que foi chamado de "Fla-fiel". 110.000 pessoas presenciaram a nova "explosão" de Roberto, que fez 5 gols e decretou a vitória do Vasco por 5 a 2. Foi a volta triunfal do maior ídolo do clube, acompanhada inclusive por um repórter de Barcelona, que relataria o jogo para um jornal local com os dizeres: "Esto, sí, es lo verdadero Dinamita".[5]

[editar] Dinamite vira estrela na Lusa e no Campusca

Em fim de carreira, Roberto recebeu convite para jogar pela Portuguesa. O jogador aceitou o desafio e participou do Brasileirão de 1989 pela equipe do Canindé.
Treinado por Antônio Lopes, Dinamite transformou-se rapidamente na grande estrela da Lusa. O atacante marcou nove gols nos seis meses em São Paulo, que o ajudaram a atingir a histórica marca de 190 gols em torneios nacionais, tornando-se o maior artilheiro da competição.
A campanha da Portuguesa foi boa, e o time paulista terminou na sétima colocação com 20 pontos, apenas seis a menos que o campeão Vasco, fez com que a diretoria tentasse a renovação com Dinamite. Em vão. O artilheiro voltava ao Vasco novamente.
No ano de 1991, Dinamite aceitou outro desafio ao jogar pelo Campo Grande ajudando o Campusca a ficar em 5º lugar no estadual e chegando a liderar o segundo turno do mesmo campeonato. Naquela oportunidade, Roberto teve a companhia de Elói e Cláudio Adão, que, assim como o ídolo vascaíno, estavam em fim de carreira.

[editar] Alegrias e tristezas com a canarinha

A seleção brasileira reservou grandes alegrias e decepções a Dinamite. Convocado pela primeira vez em 1975, o atacante esteve presente nas Copas do Mundo de 1978 e 1982, e fez, vestindo a camisa canarinha, o gol mais marcante de sua carreira. "Estava esquecido por toda a imprensa e torcida há mais de 20 dias. Mas, com o gol que fiz contra a Áustria, voltei a ser aclamado como ídolo do povo brasileiro de um dia para o outro. Foi sensacional", confessa.
No entanto, o matador teve seus momentos de desprazer. "A maior tristeza na minha carreira foi a maneira como fomos desclassificados do Mundial de 1978, na Argentina. Estávamos invictos, mas fomos eliminados com a derrota do Peru por 6 a 0 para a Argentina".
Em 1982, Roberto foi convocado em cima da hora para disputar o Mundial da Espanha devido à contusão de Careca. Dessa vez, ao contrário de 1978, sua participação ficou restrita aos treinamentos, pois Telê Santana não colocou o craque em nenhuma partida.

[editar] Política interna do clube

Roberto Dinamite foi o grande rival político de Eurico Miranda, presidente do Vasco no período 2001-2008. Essa rivalidade começou após a polêmica expulsão de Roberto Dinamite e seu filho da Tribuna de Honra de São Januário, numa atitude autoritária típica do ex-presidente do clube. Iniciava-se assim a derrocada de Eurico Miranda e a ascensão de Roberto Dinamite, que nos braços da torcida, seria ungido à presidência do Clube que o formou.
Após a expulsão da tribuna, Roberto Dinamite, com o apoio do MUV (Movimento Unido Vascaíno, criado em oposição aos abusos de Eurico Miranda), foi derrotado em duas eleições cercadas de polêmica e com acusações de fraude. Na época até os sócios já falecidos votaram no então presidente. Porém, a segunda eleição, em 2006, teve tantas irregularidades e abusos que acabou sendo anulada pela justiça e remarcado para 2008.
No dia 21 de junho de 2008, a chapa pró-Dinamite venceu as eleições para formação do Conselho Deliberativo do Vasco. A imensa torcida Vascaína, antes dormente, entrou em polvorosa. A festa era tão intensa que parecia que o Vasco tinha ganhado um título mundial. Era o ídolo maior que retornava para salvar o clube do abismo. Sabendo que não teria chances numa eleição limpa, Eurico Miranda decidiu não participar do novo pleito.
Na madrugada de 28 de Junho de 2008, com participação de vascaínos ilustres antes afastados do clube e apoio maciço da torcida, o conselho deliberativo elegeu Roberto o novo presidente do clube.

[editar] Títulos Futebol

Como Jogador:
Vasco
Seleção Brasileira
Seleção Carioca
Seleção Brasileira de Master
Como presidente:
Vasco

[editar] Campanhas de destaque

Vasco da Gama
Seleção Brasileira

[editar] Artilharias

Vasco
Seleção Brasileira

[editar] Premiações

Vasco

[editar] Estatísticas

[editar] Gols marcados

[editar] Categorias de base

[editar] Em clubes e na seleção

[editar] Gols marcados em campeonatos brasileiros

Ano Gols Ano Gols
1971 1 1972 4
1973 13 1974 16
1975 15 1976 12
1977 7 1978 14
1979 10 1980 8
1981 14 1982 12
1983 9 1984 16
1985 16 1986 5
1987 6 1988 4
1989 9

[editar] Times que sofreram gols

Clube Gols
Fluminense 43
América 30
Botafogo 28
Americano 27
Bangu 27
Flamengo 27
Goytacaz 22
Portuguesa 22
Bonsucesso 19
Campo Grande 18
Olaria 14
São Cristóvão 14
Madureira 12
Internacional 11
Corinthians 10
Volta Redonda 10
Operário 8
Vitória 8
Santos 7
Grêmio 7
Goiânia 7

[editar] Gol 500

10 de Novembro de 1982 - Vasco 1 x 1 Volta Redonda, pelo Campeonato Carioca. Uma curiosidade: esse gol foi dedicado à Eurico Miranda, vice-presidente de futebol do Vasco na época. Hoje em dia, no entanto, Eurico e Roberto são rivais declarados na cena política do clube.
Vídeo do gol histórico, no YouTube: /watch?v=zTQQhLl6UvQ

[editar] Política


[editar] Honrarias

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